quinta-feira, 29 de julho de 2010

Onde deseja chegar?


Recomece. Renovar, re-existir. Crie, recrie-se, transforme todo o seu mundo em qualquer outro mundo. Coloque tudo no lugar, retire tudo do lugar. Arrisque, mude, exagere, dance, reviva. Você pode, nunca é tarde, vai lá, vai lá! Deixa esse passado para trás, corra pelo seu futuro, vai! Adiante-se, você é capaz.
Re-recomece.
Ou não.
Deixa tudo como está, porque está bom, talvez não seja exatamente o que você quer, mas é assim, temporariamente imutável, seguro e é como vai ser, assim: perfeitamente alinhado, desse jeito está, e desse jeito vai ficar. Fique. Deixe. Deixa tudo como está. É certo, já estar assim, para que mexer?
E agora?
Então, estava lá ouvindo a minha, as suas vozes interiores - e nossa, como elas falam! Repetiam alternadamente as duas opções que todo ser humano possui em qualquer época de suas vidas: manter ou mudar (?) Não, ninguém poderia escolher, opinar, mandar ou desmandar, porque a vida era dela e dela ela deveria cuidar. É responsabilidade que não se pode desviar de si, é seu, nasceu contigo, é dono do seu caminho e suas escolhas podem mudar toda uma jornada. Com um passo errado muda-se uma história, com um passo certo se constrói uma história. A questão é: como escolher esses passos?
Não soube responder.
Batia o indicador na mesa impacientemente, as vozes exigiam uma resposta que não havia no momento e discutiam entre si dentro de mim. Era quase uma competição de qual voz iria escutar. Vaidade de voz (?) Que loucura... Estaria enlouquecendo?? Talvez, mas o talvez era tão incerto para uma certeza que precisava ter. Confusão de pensamentos, estalos de ideias, a incerteza da loucura e o indicador batendo na mesa. Parou, respirou fuuundo, saiu do mundo, caminhou ate a varanda, o vento.
Fechou os olhos e a sua respiração estava mais tranquila com aquela brisa carinhosa no rosto, os cabelos permitindo embaraçar, acalento da alma, pois tudo o que vem, vem no momento certo. Abriu os olhos e dali mesmo descobriu o mistério. A resposta estava exatamente nesse delicado gesto.
Abra os olhos e logo verá que só há três opções: o chão, o horizonte, o céu.

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